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sábado, 12 de novembro de 2011

O que aconteceria se um asteroide colidisse com a Terra?

 
De origem ainda não comprovada, os asteroides são, até hoje, um dos maiores mistérios para os astrônomos. As teorias mais aceitas afirmam que existem duas origens possíveis para os corpos celestes.
A primeira delas diz que asteroides são destroços das explosões responsáveis pela formação do sistema solar.
Outra, também bastante defendida, fala que asteroides são fragmentos de planetas que passaram por grandes problemas gravitacionais. Como a grande maioria deles orbita entre Marte e Júpiter, estima-se que a gravidade deste segundo planeta (o maior do sistema solar) seja responsável pela fragmentação de corpos menores – asteroides raramente são maiores do que 1 km.
Agora que você já sabe que asteroides possuem tamanho limitado e órbitas, saberia dizer o que aconteceria se algum deles atingisse a Terra? O Tecmundo preparou este artigo para mostrar algumas das terríveis consequências que poderiam ser vistas pelos sobreviventes de uma tragédia como essas.

Consequências mortais

Cerca de 65 milhões de anos atrás, um asteroide de grandes proporções atingiu a Terra. A principal consequência do impacto foi o resfriamento global e a extinção de um número incontável de espécies que habitavam o planeta, incluindo os dinossauros (a colisão foi tão forte que fez com que muita poeira fosse levantada, impedindo que a luz do sol chegasse à superfície).
E ele, certamente, não foi o único fragmento espacial a atingir o solo terrestre. O grande número de crateras que existe no planeta é uma prova de que vários asteroides (em seus diversos tamanhos) já chegaram até aqui.
Atualmente, há poucas previsões de asteroides que possam passar por perto: somente em 2028 um corpo com mais de 1 km vai se aproximar. A NASA afirma que não há riscos de ele colidir com a Terra, mas caso algo alterasse sua rota e ele realmente nos atingisse, quais seriam os danos?

Altíssima velocidade de impacto

Você pode acessar o site Apolo 11 e saber a que distâncias estão os asteroides mais próximos da Terra. Na lista, além da descrição dos tamanhos e da distância, também existe a informação da velocidade que cada um desempenha. Os corpos mais lentos viajam a cerca de 4 km/s (14.000 km/h), mas há também alguns que ultrapassam os 20 km/s (72.000 km/h).
Dá para imaginar que uma pedra gigante viajando nessa velocidade não seria muito saudável para o planeta. Se atingir a superfície, uma nova era glacial poderia começar (da mesma maneira que o meteoro que extinguiu os dinossauros, uma colisão de grande porte faria com que poeira impedisse a luz do sol de chegar).
Atingindo o oceano, mais catástrofes são previstas. Além de tsunamis enormes causados pela movimentação anormal dos mares (e as consequentes destruições de costas e ilhas), a vaporização de um grande volume de água salgada seria responsável por um buraco gigantesco na camada de ozônio.
A incidência dos raios solares com menos bloqueio poderia causar destruição de uma série de plantas, afetando toda a produção alimentar do planeta (vegetais fazem parte da alimentação humana e também são utilizados como ração para animais de corte). Isso sem falar nos danos diretos à saúde, pois com o sol chegando mais forte, certamente o câncer de pele e outras doenças relacionadas ao calor seriam ainda mais presentes.
Estes são apenas os impactos indiretos. É preciso pensar também na destruição causada pelo asteroide. Em 1908, quando um corpo de pouco mais de 100 metros atingiu a Sibéria, o impacto foi calculado em cerca de 15 megatons (destruindo uma área de 2 mil quilômetros quadrados). Para entender melhor o que isso significa: 15 megatons são mil vezes a potência da bomba atômica que atingiu Hiroshima, na Segunda Guerra Mundial.

Formas de evitar colisões

Há uma grande quantidade de teorias criadas para pensar em formas de evitar que asteroides se choquem com a Terra. Algumas são muito curiosas (cientistas dizem que, ao pintar a superfície de um astro de preto, a luz do sol vai aquecê-lo de uma maneira diferente, alterando sua órbita) e outras envolvem questões muito complicadas (há muitos pesquisadores querendo utilizar bombas nucleares, o que pode causar chuva de fragmentos na Terra).
A técnica que tem sido mais aceita até o momento (e que deve ser colocada em prática, caso algum asteroide grande volte a ameaçar o planeta) é a de envio de uma nave espacial “suicida”. Ela seria carregada de explosivos e se chocaria com a superfície do asteroide para causar explosões capazes de desviar a rota, sem possibilitar que fragmentos perigosos caíssem sobre a superfície terrestre.
Outras formas envolvem a instalação de motores para desvio da rota e até mesmo utilizar naves como âncoras, fazendo com que os asteroides sejam puxados e suas órbitas deixassem de apresentar riscos ao planeta Terra.
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Depois de saber sobre todos os problemas que seriam causados pela colisão de um asteroide com a Terra, fica ainda melhor saber que são pequenas as chances de um deles atingir o planeta nos próximos anos. Mesmo assim, os cientistas continuam buscando formas de desviar os corpos para longe. Afinal de contas, ninguém quer correr riscos.

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